quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Médica aponta riscos da interrupção da gravidez em caso de feto anencéfalo

A ginecologista e obstetra Elizabeth Kipman Cerqueira defendeu a continuação da gravidez em caso de bebês anencéfalos, durante a última etapa da audiência pública no STF (Supremo Tribunal Federal) que discute a possibilidade de antecipação de parto para esses casos.A médica falou que os riscos sofridos pela mãe durante a gravidez, como a polidrâmia e a hipertensão, são facilmente tratáveis. O risco maior, segundo ela, ocorreira com a antecipação do parto, quando a mulher deve passar de três a onElizabeth destacou ainda a carga emocional dessa experiência. "É mais possível que uma mãe que faça aborto sinta remorso e arrependimento, mas a mãe que leva a gravidez até o fim, ou até a morte espontânea, não vai ter remorso de ter feito o que pôde enquanto pôde", afirmou Elizabeth. Em seguida, ela ainda reiterou o argumento de que a antecipação de parto nesses casos seria uma atitude eugênica.A médica começou sua apresentação lembrando que diversos especialistas que se apresentaram na audiência afirmaram que dentro do útero não é possível determinar a morte encefálica. "Quem afirma isso está passando por cima de critérios científicos", afirmou a médica.Desde a primeira audiência pública realizada no STF, porém, diversos médicos afirmaram que o diagnóstico de anencefalia pode ser dado com cem por cento de certeza através da ultra-sonografia, exame oferecido gratuitamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde). Elizabeth destacou um trabalho realizado por estudiosos nos Estados Unidos, que, segundo ela, provou que bebês nascidos vivos e com anencefalia não têm possibilidade de terem a sua morte encefálica determinada, muito menos quando ainda estão dentro do útero. ze dias internada, sendo que o processo pode até causar ruptura uterina e infecção. A obstetra disse ainda que, com 14 semanas, se identifica um caso de anencefalia, mas apenas com 24 semanas é que ela se desenvolve, pois o tecido nervoso continua crescendo, mesmo num feto anencefálico. "O feto é vivo. Seriamente comprometido quando nasce, com curtíssimo tempo de vida, mas está vivo", disse. “Em 15 minutos, quantas vezes eu podia dizer eu te amo?”.

Ao final da apresentação, a médica mostrou um vídeo com depoimentos de duas mulheres com gravidez de bebês sem encéfalo. A primeira fez a antecipação do parto e não acha que foi a melhor opção, mostrando arrependimento e dizendo que sofria até hoje por conta disso. A outra optou por prosseguir com a gravidez e acredita ter feito a melhor escolha.

Aborto
A médica ainda ampliou os horizontes da discussão para todo tipo de aborto durante sua palestra, falando que o fim das pessoas ali não se resumia somente a antecipação dos partos nos casos de fetos anencéfalos. "Qual a intenção dessa discussão? É chegar ao aborto sim, e ao controle de natalidade", disse. Ela disse que, quando o aborto é liberado, o primeiro impulso de grande parte das mulheres é abortar, mas que depois elas se arrependem. Ao criticar o controle de natalidade, a médica citou os problemas de países da Europa atualmente, com o excesso de pessoas mais idosas e a falta de mão de obra de trabalho.
Fonte: http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/2008/09/16/ult4477u987.jhtm

Estudo indica que juízes apóiam mudar lei sobre aborto

São Paulo - Duas pesquisas feitas com 1.493 juízes e 2.614 promotores de Justiça do País mostram que 78% vêem necessidade de mudanças na legislação para ampliar as circunstâncias em que não se pune o aborto. O trabalho foi feito pelo Centro de Pesquisas em Saúde Reprodutiva de Campinas (Cemicamp) e coordenado pelo professor e ginecologista Aníbal Faúndes, da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Com relação à anencefalia, discutida atualmente no Supremo Tribunal Federal (STF), 80% deles se mostraram favoráveis à permissão da interrupção. No caso dos promotores, 85% deles emitiram a mesma opinião. Além disso, 10% dos juízes que atuam na área criminal afirmaram já ter recebido e permitido um caso do tipo.
O trabalho foi feito em colaboração com a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e com 29 associações de promotores e procuradores existentes no Brasil. Os pesquisadores enviaram questionários solicitando opiniões quanto à necessidade de mudanças nas leis que tratam do aborto, as circunstâncias em que a prática deveria ser permitida e a conduta do juiz ou promotor que atuou em casos de abortos não previstos em lei.
Audiência - Hoje, na última audiência pública convocada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para debater a interrupção de gestação de fetos anencéfalos, a ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, deverá defender o direito de escolha da mulher. Para a ministra, impedir esse direito de escolha seria um ato de violência. Ela falará em nome do Conselho Nacional de Direitos da Mulher, do qual é presidente. A ministra tratará a proibição da interrupção como desrespeito aos princípios do direito à saúde, à liberdade e à dignidade. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

sábado, 9 de agosto de 2008

domingo, 12 de agosto de 2007

Como fazer o curativo

Como os bebê anencéfalos nascem sem o fechamento do tubo neural, a parte do cérebro fica exposta ao ar. Por causa disso, alguns cuidados precisam ser tomados diariamente. Após o banho do bebê com sabonete líquido, limpe bem o local com soro fisiológico e uma gase, algodão poderá machucar o bebê pois trata-se de uma região muito sensível. Cubra com uma camada de rayon e duas de gase. Aplique um cicatrizante à base de óleo, pois o local deve ficar bem úmido. Por fim, envolva a cabecinha do seu bebê com uma touquinha que deixe o curativo bem firme. O cicatrizante deverá ser aplicado de 3 a 4 vezes ao dia, não precisando ser trocado todo o curativo. Caso o seu bebê seja alimentado através de uma sonda orogástrica, esta deverá ser trocada apenas uma vez por semana.

Durante a gravidez

Durante o seu período de gestação, é importante que você se cuide com uma alimentação saudável (frutas, verduras, beba muita água), assim, você também estará cuidando do seu bebê. Faça exames de ultrasonografia mensalmente. Acompanhe o crescimento (peso e altura) e a frequência dos batimentos cardíacos. Peça a seu médico, as fotos do exame de ultrasom, grave-os em uma fita de vídeo e não esqueça de tirar fotos de sua barriga. Prepare o enxoval do seu bebê: escolha roupas de cores claras, para usá-las no dia a dia e uma roupa especial para o dia da despedida, uma touquinha, cobertores, meias, paninho de boca, babador, casaquinho de lã para dias de frio. Esses ítens são apenas sugestões, cada mãe deve incrementá-lo como quiser.

Fotos e recordações

Não importa o quanto tempo você ficar junto com o seu bebê. É importante que você aproveite esse tempo e monte o seu álbum de recordações. A melhor delas é tirar fotos. Tire muitas fotos do rosto, de corpo inteiro, com a roupinha que você escolheu para ele usar, tire fotos só das mãos, dos pés e outras que o momento lhe proporcionar. Guarde a roupa que seu bebê for usar, com ela está guardado também o seu cheirinho. Se você já tiver outros filhos, tire fotos individuais e todos juntos. Use a filmadora para guardar os movimentos e a voz do bebê. Filme as trocas de fraldas, o banho do bebê e a hora da alimentação. Você também poderá pintar as impressões dos pés e das mãos com uma tinta guache, por exemplo, e pintá-las em camisetas, papel sulfite, lençol, etc... Guarde uma mecha dos cabelos, com uma fita ou mesmo um durex, que poderá ser afixada no seu álbum de recordações. Guarde a pulseira de identificação do hospital, bem como a placa do nome que ficará afixada no berço ou na incubadora.
Alguns pais fazem moldes com gesso das mãos e dos pés.

domingo, 5 de agosto de 2007

Baby Face

A face do bebê com aquela expressão de que não está entendendo nada o que está acontecendo.
Com um rosto destes, quem não se esquece de todos os problemas da vida para apenas curtir alguns momentos com o seu bebê.
Às vezes nos esquecemos que a vida passa muito rápida e quando nos damos conta dos verdadeiros valores que ela tem a oferecer já é tarde demais, isto quando nos damos conta destes valores.
Para estes bebês, a sua passagem é mais rápida ainda, e porque não oferecer todo o amor e carinho que se pode dar, muitas vezes estes poucos momentos são mais valiosos que uma vida inteira, muitas vezes um momento vale mais que qualquer dinheiro possa comprar, e não se paga nada a mais por isso.